quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Remero em Porto Madero




Domingo de carnaval, usufruindo das benesses do Mercosul, inconformado com as barreiras alfandegárias ao bom vinho de lá, flagrei este desinibido e exposto esportista metropolitano. Há quem tema que o vinho barato argentino possa matar o vinho barato de cá. É provável. Quanto aos bons, com ou sem proteção não se compara. Preconiza-se um valor fixo por garrafa, independente do preço, o que derrubaria a importação do barato, e baratearia os bons. Perderíamos alguns dólares para eles, mas eu tenho certeza que não é essa a questão. É o trocado aos cofres públicos.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Massa, matéria, dinheiro


“Matéria atrai matéria, na razão direta das massas, e na razão inversa do quadrado das distâncias”. Vi a primeira vez a fórmula da gravidade de Newton em algum dos livros da coleção infantil de Monteiro Lobato, um daqueles em que o Visconde de Sabugosa tem um papel importante, e a turma viaja pelo Sistema Solar cheirando pó de pirlimpimpim. Outro dia, pensando sobre as bolhas dos mercados e a crise, países pobres e países ricos, lembrei do dito popular “dinheiro chama dinheiro”. E não pude deixar de fazer o paralelo entre os dois enunciados. “Dinheiro atrai dinheiro, na razão direta das massas, e na razão inversa do quadrado das distâncias”. Quanto mais rico, mais rico, e quanto mais pobre e mais longe do dinheiro, mais pobre.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Globalista


abc news

O que anda pela minha cabeça, além dos piolhos (externos) e minhocas (internas) de sempre, é a velha discussão em torno do futuro do mercado globalizado, aquecida pela crise mundial global total, entre os defensores do livre comércio e os protecionistas. Estou iniciando a leitura do livro para leigos, “Bad Samaritans – The Myth of Free-Trade and the Secret History of Capitalism”, de Ha-Joon Chang, um economista coreano que esteve por aqui há algumas semanas, professor de Cambridge e chapa do prêmio Nobel Stiglitz, que ao que parece repete as mesmas idéias em vários livros, e vou saboreando o seu inglês fácil de estrangeiro pra me manter também eu globalizado. É engraçado como o que ele diz, ou disse, em 2007, contrasta com o que estamos vendo dia a dia nos jornais, os EUA levantando a bandeira do protecionismo pra reduzir a velocidade da sua acachapante marcha de desemprego, e o Brasil armando uma força-tarefa para ir à OMC em defesa do livre comércio. Chang acha que o comércio entre países deve ser ponderado por regras de equilíbrio, pois não se pode pôr no mesmo ringue um lutador de sumô de duzentos quilos para lutar com um etíope de quarenta e cinco. Diz que a história não deturpada pelos ricos mostra que os ricos só ficaram ricos com medidas protecionistas, e o papo do livre-comércio é imposição dos ricos pra enfiar seus produtos à vontade nos pobres, por eles nunca adotado. E que os ricos, depois que ficam ricos, chutam a escada pra ninguém mais poder subir. E que a OMC, o FMI e o Banco Mundial são instituições controladas pelos ricos para enfiar goela abaixo dos pobres o livre comércio, condicionado os empréstimos e ajutórios à adoção das políticas do mau samaritano. O rei Obama está nu?

terça-feira, fevereiro 03, 2009

ALOHA