Acabei de ler “O jardineiro fiel” e rever o filme. Os dois são ótimos, a mesmíssima história contada em linguagens diferentes, uma experiência profunda. A força das imagens da África com as cores estouradas e a câmara na mão, ao som da música dos coros e tambores. Dou a mão à palmatória e o Ralph Fiennes faz perfeitamente o papel do Justin Quayle. Quem tem bons olhos para o cinema percebeu logo, eu tive que ler o livro pra compreender o personagem tão fielmente traduzido. O livro explica uma série de códigos de classe e as sutilezas dos diplomatas ingleses na condução de suas guerras, como uma passagem em que se acusa os recém saídos da universidade de terem sotaques insossos, ou o estilo tory de fazer um relato, como se fosse uma lista de compras. Não lembrava que a Tessa era advogada. Tem uma pesquisa sólida sobre a indústria farmacêutica, antecipando as denúncias de Marcia Angell.
Mas todo esse pacote foi atropelado pelo maravilhoso “A vida dos outros”, assistido meio por acaso enquanto procurávamos um lugar pra comer no 23, quase todos os restaurantes fechados, quando resolvemos checar a renovada Sala Ig, ex-Uol (uma vez fiameta, sempre fiameta), e tinha lá uma sessão dali a quarenta minutos. Só sobrava tempo para um x-salada no fiel hamburguinho. Sobre o filme não dá para falar pouco. Rendeu uma conversa de uns quinze minutos com o sócio, na manhã do 24. 25, “O amor nos tempos do cólera” no shopping deserto. Feliz Natal.
Mas todo esse pacote foi atropelado pelo maravilhoso “A vida dos outros”, assistido meio por acaso enquanto procurávamos um lugar pra comer no 23, quase todos os restaurantes fechados, quando resolvemos checar a renovada Sala Ig, ex-Uol (uma vez fiameta, sempre fiameta), e tinha lá uma sessão dali a quarenta minutos. Só sobrava tempo para um x-salada no fiel hamburguinho. Sobre o filme não dá para falar pouco. Rendeu uma conversa de uns quinze minutos com o sócio, na manhã do 24. 25, “O amor nos tempos do cólera” no shopping deserto. Feliz Natal.