terça-feira, setembro 29, 2009

Cidades ciclistas

Esta é a esquina do hotel que eu fiquei em Viena. De manhã, havia um tráfego intenso e silencioso de bicicletas usadas como meio de transporte. Bicicletários e sinalização específica.


Para conseguir espaço para a ciclovia, a sarjeta foi preenchida com asfalto, e os carros invadiram uma das calçadas, aumentando o chamado leito carroçável.



O tráfego de automóveis é tão baixo nas vias secundárias que os ciclistas nem usam a ciclovia. Imagino que só quando um carro surja, o que se percebe pelo barulho.


A rua que vem da direita é fechada só para bicicletas.




E vai dar numa estação de metrô.





Entre o Novo Danúbio (ouvi dizer que a água é filtrada) e o Danúbio há um imenso parque, de mais de dez quilômetros de comprimento por uns seiscentos ou setecentos metros de largura, muito aproveitado por ciclistas e patinadores treinando. O acesso é feito por pontes como essa.




Nessa situação, a rua foi interrompida para automóveis e utilizável apenas por bicicletas.

Londres se diz a cidade onde o ciclismo como transporte mais cresce na Europa. Acredito que haja lá uma recomendação para o uso de roupas fosforescentes.



Semáforos para bicicletas e cavalos.


Hora do rush.


Com ciclovias seguras em cidades planas, a bicicleta é um meio de transporte muito rápido, porque o ciclista pode correr sem se arriscar.

As bicicletas de transporte são bem equipadas e tem bons freios.



Este é um moderno centro empresarial, Canary Warfh, preparado para receber os ciclistas a trabalho. Dentro de um desses prédios vi vestiários, acho que pra quem quiser se trocar, ou tomar banho, pra recuperar a compostura.


A Europa aposta firme na bicicleta como alternativa séria de transporte urbano, de forma autônoma ou conjugada com transportes coletivos. Numa cidade como São Paulo, cortada pelo espigão da Paulista, tudo se complica com as ladeiras. Lá em cima tem o inverno inclemente. Em todo lugar chove.






sexta-feira, setembro 25, 2009

Domingo no park

Cheguei a Londres no domingo, dia de parque, e fui ao Kensington Park, que era perto do meu hotel.


Andei até o Speakers Corner do Hyde Park, com muçulmanos brandindo o Corão, ativistas de todo tipo, e até jovens pacifistas distribuindo free hugs.


De lá vi o Marble Arch com suas bandeiras coloridas, e lembrei da “Hallelujah” do Leonard Cohen, pelo verso: “I've seen your flag on the marble arch, love is not a victory march...”


Depois passei por uma procissão de auto-flagelantes da Mão de Fátima, que gritavam e se espancavam em uníssono, devidamente escoltados pela polícia.



Continuei até passar pela Serpentine, o laguinho.


Mais a frente, já na avenida ao sul do parque, junto à embaixada, havia um grande protesto contra o presidente do Irã, muito animado.


Cheguei ao Albert Hall, onde estava pra começar uma apresentação do “Messiah” do Handel. Arrumei um ingresso ao lado da orquestra, e fiquei esperando, maravilhado, o coro de uns duzentos jovens e o gigantesco órgão cantarem o manjadíssimo Hallelujah (de novo!), quando o imenso teatro lotado ficou todo de pé. Emocionante.


No dia seguinte de manhã fui a Chiswick, um ponto meio afastado na cidade, na fiúza de remar no clube da University of London. O clube estava com o portão aberto, com o cadeado destrancado. Entrei. Contornei o edifício, e a garagem estava com uma das portas abertas, com todo o material caro exposto. Gritei, bati palmas, ninguém apareceu. Fiquei lá uns quarenta minutos esperando um barco que devia estar na água.


Lá o Tâmisa é estreito e calmo, cercado por árvores, casas e tabernas antigas, muito bucólico. Cisnes flutuavam no rio, e lembrei de outra canção do Leonardo, “The Traitor”: “Now the swan, it floated on the English River...”


Só vi um skiff subindo a corrente, seguido por um inflável a motor, com o técnico, que estranhou a minha presença lá, chegou um pouco perto, mas desistiu de me interpelar e voltou aos seus afazeres. Não me pareceu um barco do clube, pois não reconheci as pás roxas.


À noite encontrei um amigo que mora lá, e tomamos muitos pints de cerveja em vários pubs diferentes.







quarta-feira, setembro 23, 2009

Viena, Novo Danúbio



A foto é do dia anterior ao início das provas. Fui um pouco melhor que o ano passado, mas ainda falta muito. Quinto no single (oito inscritos), quinto no oito (seis inscritos) que teve sérios problemas e ficou bem abaixo da expectativa, quarto no double (oito inscritos).
Não era nada fácil descer o barranco carregando o oito, no grande congestionamento de gente e barcos dos dias de provas.
É um estádio de remo, e não um clube, de uso esporádico, localizado no longo parque (mais de 10km) entre o Danúbio e o Novo Danúbio, um canal artificial. Pelados pululavam pelas margens, aproveitando o fim do verão.