sábado, abril 30, 2005

Nóis é nóia mais é gente

Durante a limpeza da Crackolândia, li em um jornal a justa reclamação de um adicto: "nóis é nóia mais é gente". Nóis também é um pouco nóia, e lamentamos que os nóia limpados não tenham sido tratados como gente. Mas o momento nóia é o seguinte. Já já, quando todos os humanos estiverem detalhados no orkut ou similiares e rastreados por cookies, um mega-vilão do porte do Lex Luthor das antigas poderá manipular aquilo que nos parece o acaso e comandar nosso destino. Ainda bem que "eles" (pronome típico do discurso nóia) só querem o nosso dinheiro.

sexta-feira, abril 29, 2005

Sexta-feira


Pecus, depois de matar o leão do dia (ou fazer muito barulho tentando) monta em sua égua Minivan e vai tomar chopps no Túmulo do Samba.

quinta-feira, abril 28, 2005

Heterônimos, pseudônimos, identidades secretas

É uma experiência e a cobaia sou eu. Ainda que para quase todos seja natural o uso do veículo como uma expansão saudável da personalidade, a mim a carga da armadura amassada de tanta porrada parece um peso inútil. Não foi uma decisão racional, mas movida por uma aversão quase física ao compromisso que esse tipo de exposição agrega. Mais uma vez, só admiração por quem pratica o estripitise mental. A meu favor digo que no meu caso a máscara é condição da manifestação sem freio, para experimentar a convivência sem as marcas e sinais da vida adulta. A escolha da alcunha de Pecus Bilis foi também acidental. Já há algum tempo freqüentava os blogs tentando entender sua linguagem, mas o 19 de abril, cheio de efemérides, era o dia. Depois de tentar alguns nomes mais certos, sem sucesso, não sei por que raios veio-me à mente a paródia do herói de western-spaghetti em quadrinhos Pecos Bill. A referência involuntária à secreção verde só pode decorrer de alguma leve culpa no exagero esporádico da bebida. Quero crer que seria considerado um bebedor comedido para o padrão europeu-oriental ou mesmo britânico. O mote decalcado da qualificação da comida de boteco de Ruy Castro deve ser esclarecido. Todos aqui são muito ciosos de autoria, e pudera: todos são autores. Um gole para o santo e um brinde a todos.

À noite


Pecus gosta de urinar no jardim. Às vezes uiva até os vizinhos chamarem a carrocinha.

Trilogia

Acabei a trilogia, e ela acaba com o mesmo truque do livro das ilusões. Destruir página por página para se livrar da ligação imaginária com seres inexistentes. Vai ser metalinguístico na puta que o pariu.

quarta-feira, abril 27, 2005

Nas pedras

Nada mais efetivo do que um “whisky on the rocks”. Verdadeira máquina de embriagar, não tem regras que eu conheça. O Juca tinha uma receita, que aplico às vezes. Um copo largo e baixo, cheio até a boca de gelo, passando um pouco. 4/5 do espaço remanescente em uísque. Aí, espera-se 5 minutos, só olhando de longe, até o gelo afundar e o copo encher. Fica parecendo raspadinha.

Ora brajolas

No sábado de feriado em SP, vi uns bifinhos no freezer e lembrei de receita do www.carnecrua.com.br. Não dava pra fazer a vera bracciola d'autore, mas arrisquei uma versão "trivial variado", brajolinhas. Espalhei as carnes e em cada uma depositei um talo de cenoura enrolado em meia fatia de bacon (sem presunto cru e aipo, fazer o que). Em vez de amarrá-las à sadomaso, empalei-as com palitos gina, e na minha ignorância tentei atravessar uma cenoura crua. Um palito quebrou, o que pode ser uma armadilha mortal numa brajola, e tive que pegar uma alicate para extraí-lo sem desmontar o rolinho. Dispus os seis cilindros em círculo na panela quente para dourar, usando a pinça de churrasco. Depois de virar os bichinhos, dourados e sumarentos, joguei a cebola picada e o alho, e houve aquela explosão de sons, aromas, líquidos e vapores, que sustentei até quando achei seguro. Despejei o tomate pelado picado avacalhado, preparei o saco (tá na receita) e deixei cozinhar tampado (fiquei com medo de secar o molho) em fogo baixo até a carne ficar desmanchando. Ficou ok com o macarrãozinho.

terça-feira, abril 26, 2005

Depois que a patroa levanta


Pecus aproveita toda extensão de sua king size

Prá mim parece o Bento

Em andamento

"Trilogia de Nova Iorque" do Paul Auster. Curiosamente, o protagonista do primeiro conto também perdeu mulher e filho e escreve para afastar-se de si próprio, assim como o narrador do "Livro das Ilusões", na linha não aguento mais me aguentar...

Filmes vistos

Para não esquecer e pegar por engano na locadora: "O sorriso de Mona Lisa", com a Julia Roberts, fraquinho; "Confissões muito íntimas", francesinho B de sexo verbal no cine Vitrine, depois de burger no Rockets (segundo minha mulher, o pão meio mole), na tentativa de ver "Ray" (sessão cancelada por problemas técnicos, ô cineminha moribundo); "Narradores de Javé" com a filha, para o colégio: muito capricho, média diversão, mesmo com boa vontade.

sexta-feira, abril 22, 2005

Ilusões

Livraço do Paul Auster. Há tempos não lia um romance (palavra brega, nome de motel ou putaria) tão legal. O sub-título poderia ser "conversando com os mortos".
Posted by Hello

quarta-feira, abril 20, 2005

Bento, Bendito, ou Benedito

Em inglês, o papa é Benedict. Em italiano, Benedetto. Em latim, Benetictum. Em português, Bento. Não sei porque não seria Benedito, o nome do santo preto. São Bento é do século V, e o Benedito, do sécuto XVI. Mistérios da fé.

Pecus num momento de grande eloqüência


Posted by Hello

terça-feira, abril 19, 2005

Primeiros passos do Papa e do Pecus


Posted by Hello

Dia cheio.

Aniversário do Rei Roberto, Dia do Índio, do Santo Expedito. Nasceram Bento XVI e Pecus Bilis.