
Do
Telegraph.
No fim do ano passado a tv 20” tela curva da minha filha faleceu. Chegara a hora de comprar uma tvzona HD. Passei a 29” tela plana pra ela e, seguindo autorizados conselhos, comprei uma plasma HD 42”. Não full HD porque a diferença não seria perceptível nesse tamanho de tela, e tampouco a qualidade da transmissão aproveitaria o full HD. E contratei um serviço de TV a cabo com um harddisk pra gravar os poucos programas legais em HD disponíveis.
Sexta-feira passada vi um filme que eu tinha gravado, um documentário sobre o Leonard Cohen, “I’m your man”. Eu já conhecia há muito tempo o compositor, tenho alguns discos dele, e uma predileção, entre outras, por duas interpretações da Madeleine Peyroux, “Dancing to the end” e “Blue alert”. Aquela voz gravíssima meio sussurrada, mal deixando identificar a melodia, nunca me convenceu muito. Mas vendo no filme o sujeito simpático comentando as canções e contando passagens da sua vida, e acompanhando as canções legendadas interpretadas por um grupo talentosíssimo organizado pelos irmãos Wainright, entendi – antes tarde do que nunca - porque ele é tão cultuado. A mistura de sarcasmo, auto ironia e lirismo, nas longas letras de métrica e rima perfeita, em melodias simples que envolvem e dão muita liberdade ao intérprete, é uma receita explosiva. E só vendo o filme fiquei sabendo que a excelente “Hallelujah”, batida na série “The OC” e no “Shrek” é do Cohen, na versão do próprio Rufus Wainright.
Confiram a valsinha country
“The Traitor”, por Martha Wainright, tirada do filme (pelo o que eu entendi, a incorporação do filme aqui foi vedada por solicitação), que narra de maneira enviesada a história de um casal que permanece junto depois que o amor acaba, segundo entendi.